Quando toda musica perde o som e o calor da vibração dos acordes vívidos de nossas sinfonias discretas, perco totalmente o rumo de nossas vidas tão ímpares, simplistas e heterogêneas. E por diversas vezes, onde o vento não nos alcança, meus temores voam em brisas cíclicas, tão fundamentalmente originadas sob a desvirtude dos dias preto-e-brancos, com nuvens molhadas de cansaço e apatia.
Na tarde de hoje, eu fiz novamente todo aquele tortuoso caminho de volta pra casa. Passei na padaria, como de praxe, comprei aquele pão requentado e cotidianamente exposto a minha própria espera; Sorri mais pra não chorar, pra mesma atendente de olhos cansados e de aura turvada, que me atendia sem o menor propósito de ser...
Hoje eu percebi, que aprendi sem o tempo, muito mais com a alma das pessoas. As quais, sem verbo algum à pronunciar, são extremamente mortais em seus universos distintos e singulares, tão intactos e indiferentes ao respirar do outro. Talvez, seja dor amplificada, carinho desabado, tortura em vida calma.
O que sei, é que nem se vivesse mil invernos eu conseguiria distinguir, toda pergunta e toda respostas que parte indispostamente dos estados de existência de um tal de humano, ser. É como querer mergulhar bem fundo, sem saber nadar.
Um só fôlego me deixa as marcas de solidão, num simples pão qualquer.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
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3 comentários:
Cara, te admiro mto rapaaiz! vc é fudiido irmão!
abraaço two!
Só pra constar, muito bom!
"Hoje eu percebi, que aprendi sem o tempo, muito mais com a alma das pessoas."
É uma das coisas que mais admiro no homem. Perceber e aprender com a alma do outro.
Murilo de ouro. Meu beijo!
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