E ponto, final.
Quando agente aprende a olhar o passado com carinho e gratidão, aprendemos a perdoar de verdade. Principalmente, quando você aprende a olhar pra você como alguém importante pra si mesmo, como o essencial da sua vida.
Quando você aprende a se amar por completo, tudo fica mais claro.
Agora eu já posso me dar ao prazer de escrever sobre as dores e amores alheios, porque já não sou refém dos meus instintos defensivos, sou mais um senhor de mim mesmo, alguém que sabe o que quer e onde chegar. O resto é ponto, e estou pronto, pro que der e vier.
E hoje, é a ultima vez que vou contar sobre minhas descobertas intimas e minhas vitórias pessoais. Não há experiência compartilhada que tome nossos erros pra si, então, em tom de desabafo, eu me despeço dos versos que retratam meus últimos e primeiros dias.
Eu aprendi que a solidão não é solitária: É um momento de comunhão entre você e sua alma. Momento de refletir, de se conhecer, de sorrir e compartilhar consigo mesmo, tudo aquilo que você tem medo de vir a tona.
Aprendi que o medo não é afinal tão ruim: É o freio dos impulsos impensados, a luz da razão, da centralização de suas atitudes naquilo que você é – Porque, afinal, eu nunca aprendi a não ser impulsivo.
Que as coisas mudam numa velocidade incrível. Os amores, amigos e inimigos vêm e vão, num ir e vir desordenado, desconexo e simples. Que é a vida, tecendo sua existência em torno de nós, com ar de desdém aos sentimentos que nos parecem tão grandiosos- Porque pra vida afinal, as coisas fazem tanto mais, quanto menos, sentido, do que pra nós.
Mas depois desse balanço anual de contas, eu me sinto apaixonadamente feliz.
Grato por tudo ter sido tão trágico, tão intenso e tão arrebatador.
Radiante por não guardar nada, senão minhas roupas e meus cadernos, e meus amigos, de um ano indefinível.
E mais,
Feliz demais, por ter começado 2009 de forma tão esplendorosa.
Renascer.
Renovação da vida, aprendizagem contínua.
Lições que agente vai acumulando até desaparecer.