quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Dia 11/12/08 às 22:52

Na noite de hoje, tudo parecia ser tranquila e dolorosamente, normal. Apreciei um bom banho, acompanhado das incertezas nuas sobre a função do eu e você, da tarefa de construir bem mais do que um castelinho de areia no meio de um deserto sem fim.
Na televisão, as desgraças iminentes, as chuvas e secas demasiadas, transformam minha sala num contraste de opções, gestos e indignações voláteis. São dores iguais, nos quatro cantos do mundo. É a dor da impotência, da ausência de esperança e perseverança. Não é fácil para ninguém...Nem olhar a tudo isso se torna fácil, embora quente em meu mundo sem mazelas.
Um ou outro aproveitador, faz da desgraça alheia o palco pro seu triunfo. Uma outra parte, finge que se importa colocando rostinhos afro-descendentes em seu álbuns do “Orkut”, fingindo que não consegue dormir de noite. Tudo besteira, porque nem precisa chegar o amanhã: Esse nosso hoje, é cheio de hipocrisia, falsidade, frieza e indiferença.
É um horror, pensar que nesse momento existe alguém morrendo no oriente médio, em uma guerra virtualmente capitalista?

É...

Mais é pior, saber que na rua de trás, alguém passa fome e frio, e nós estamos aqui, lendo (escrevendo) num blog, ao invés de acolher.

Agora, eu vou dormir com a consciência lavada, de mais um, igual a você, que não mudou em nada essa situação.

Um comentário:

Anônimo disse...

Não é?!
É por isso que acredito que o que mais falta ao ser humano é a tal da desconhecida humanidade.

=)
Meu beijo pra você, Murilo.